Transmissão automática - Teste de Stall

Autor: Professor Pedro Guilherme Bueno

VERIFICAÇÃO DO CONVERSOR DE TORQUE – TESTE DE STALL

Imagem 1: Conversor de torque.

O objetivo deste teste é medir a rotação máxima do motor quando o conversor de torque perde rotação nas marchas Drive (D) ou Ré (R) para verificar o conversor de torque (operação da embreagem de uma via e estator) e o desempenho de fechamento das embreagens e freios que estão embutidos na transmissão. 

Por questões de segurança, as pessoas devem ser afastadas da dianteira e traseira do veículo durante a execução deste teste. 

VERIFICAÇÕES ANTES DO TESTE: 

Inicialmente verificar o nível e a temperatura do fluido da transmissão e também a temperatura do líquido de arrefecimento do motor. 

Para verificação do nível do fluido da transmissão sempre buscar o procedimento adequado no manual de reparo da caixa de transmissão. 

Para a execução do teste, a temperatura do fluido da transmissão automática deve estar entre 60 e 80°C aproximadamente, devendo ser verificada preferencialmente com um aparelho de diagnóstico diretamente na leitura de parâmetros da central eletrônica da transmissão. 

Imagem 2: Parâmetro de temperatura do fluído da transmissão. 

A temperatura do líquido de arrefecimento do motor deve estar entre 80 e 100°C aproximadamente, também devendo ser verificada preferencialmente com um aparelho de diagnóstico diretamente nos parâmetros da central eletrônica da transmissão ou injeção do motor. 

Imagem 3: Parâmetro de temperatura da água do motor.

REALIZANDO O TESTE: 

Levantar o veículo, puxar a alavanca do freio de estacionamento para acioná-lo e pressionar totalmente o pedal do freio. 

Ligar o motor do veículo e mover a alavanca do seletor para a posição Drive (D). Pressionar totalmente o pedal do acelerador realizando uma leitura rápida da rotação máxima do motor nesta ocasião, mantendo o pedal de freio ainda totalmente acionado. 

Não mantenha o pedal do acelerador totalmente pressionado por mais de 5 segundos. 

Testes além deste tempo criam risco de destruição do conversor ou da caixa de velocidades automática. 

Caso seja necessário repetir o teste de “stall” quando a temperatura do fluido da transmissão for superior a 80°C, mover a alavanca do seletor de marchas para a posição Neutro (N) e deixar o motor funcionar a aproximadamente 1000 rpm por pelo menos um minuto. Aguardar até a temperatura do fluído da transmissão voltar aos 80°C ou menos. 

A rotação do motor durante o teste de “stall” nas condições citadas acima com a alavanca de seleção na posição Drive (D) deve estar aproximadamente dentro do padrão de 2300 a 2600 rpm. 

Repete-se o mesmo procedimento para a verificação do conversor com a alavanca do seletor na posição Ré (R) e repita o teste descrito acima. 

A rotação do motor durante o teste de “stall” com a alavanca de seleção em Ré (R) deve estar aproximadamente dentro do padrão de 2300 a 2600 rpm. 

ANÁLISE DOS RESULTADOS DO TESTE DO CONVERSOR DE TORQUE 

1ª SITUAÇÃO: A rotação de “stall” é muito alta nas marchas D e R. 

Possíveis causas: 

• Falha no conversor de torque (Deslizamento nas ranhuras do conversor de torque e eixo de entrada).   

• Pressão das linhas baixa. 

• Deslizamento dos freios de Ré de baixa e falha na embreagem do conversor. 

2ª SITUAÇÃO: A rotação de “stall” é muito alta somente na Marcha D. 

Possível causa: 

• Deslizamento das embreagens de marcha baixa. 

3ª SITUAÇÃO: A rotação de “stall” é muito alta somente na marcha R. 

Possível causa: 

• Deslizamento das embreagens da marcha Ré. 

4ª SITUAÇÃO: A rotação de “stall” é muito baixa nas marchas D e R. 

Possíveis causas: 

• Falha no conversor de torque (Deslizamento da embreagem do conversor) 

• Pressão das linhas baixa. 

• Rendimento deficiente do motor. 

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